Emanuel
Emanuel is the president of the Berlengas’s Barnacle Fishermen Association. Together with WWF he works closely to create a better future for the oceans.
“O oceano significa quase tudo para mim. A minha família é o mais importante para mim, mas o oceano é tudo o resto.” Claramente, o pescador Emanuel Henriques tem um amor profundo pelos oceanos. Como pescador, ele confia no oceano como sua principal fonte de subsistência. O Emanuel tem testemunhado o desaparecimento de espécies marinhas e percebeu que precisava mudar o seu comportamento pelo bem do oceano e das pessoas dependentes dele. E assim ele fez. Hoje partilhamos a estória inspiradora de Emanuel – o nosso primeiro Ocean Witness.
Emanuel sempre foi fascinado pelo oceano; Começou a mergulhar aos 11 anos e ficou surpreendido com toda a vida que aí descobriu. Hoje pesca de forma seletiva e trabalha em estreita colaboração com a WWF para criarna criação de um futuro melhor para os oceanos. Ele é um Ocean Witness exemplar. E o primeiro a partilhar sua história conosco. Pode ler a entrevista completa em baixo.
Qual é a sua primeira recordação do oceano?
As minhas maiores memórias de infância estão associadas ao mar. Observava os barcos a chegarem com enormes quantidades de peixe. Comecei a mergulhar aos 11 anos. Vi as algas no fundo do mar. O oceano era abundante nessas coisas: moluscos, polvos, algas. Um mar cheio de vida.
Porque se tornou pescador?
Tornei-me pescador porque, quando era criança, vi o meu avô e os meus tios chegarem com barcos cheios de peixes e isso realmente enchia-me de alegria. Eu sabia que isto era o que eu queria fazer. E até hoje a pesca é uma parte muito importante da minha vida. A pesca faz-me sentir à vontade. Eu sinto-me ligado à natureza e permite-me suportar a minha família.
Qual a sua relação com a WWF?
Como presidente da Associação de Mariscadores das Berlengas, tenho uma relação forte com a WWF. Nós apanhamos o Percebe das Berlengas. O Percebe é uma iguaria em Portugal e em Espanha. Esta comunidade é importante e nós, como pescadores, pretendemos ter uma pesca mais sustentável nas Ilhas das Berlengas. Trabalhamos em estreita colaboração para criar um futuro melhor para todos.
Como é que o oceano mudou ao longo dos anos?
O oceano mudou por causa da poluição, do aumento da quantidade de barcos e artes de pesca, mudanças climáticas. Por tudo isso, várias espécies desapareceram da nossa costa. Nós temos que fazer algo para que, um dia, as coisas possam voltar a ser como eram.
"Devemos tratar o oceano como se fosse a nossa própria casa."
O que você faz para fazer a diferença?
Eu pesco de forma seletiva, uso anzois e nunca pesco peixe jovem. Eu deixo-os no mar para que eles possam crescer, deixando a população crescer de volta ao seu tamanho normal. Todo o lixo é trazido de volta para terra. Esforço-me para que na minha associação de pescadores, assim como todos os pescadores, façam o mesmo. Devemos tratar o oceano como se fosse a nossa própria casa. Os oceanos estão a ser muito explorados. Se todos contribuirmos um pouco, podemos fazer com que tornem a ser como eram antes.
O Emanuel é o presidente da Associação de Mariscadores das Berlengas. Juntamente com a WWF, ele está a trabalhar para criar um futuro melhor para os oceanos. Alguns exemplos: o Emanuel pesca de forma seletiva (deixando as populações crescerem de volta ao seu tamanho normal) e traz o lixo da pesca para a terra em vez de deitá-la fora no oceano.
Este vídeo foi criado com o apoio da MPA Action Agenda, WWF Portugal e da Fundação Oceano Azul em parceria com a Hammerfest.